Estimular x Educar.

Levar pra fisioterapia? Fácil. Fazer caixinha com chocalhos? Tiro de letra. Inventar uma brincadeira legal e estimulante? Deixa comigo! Como eu sempre comento aqui no blog: estimular é fácil e um barato.

O difícil mesmo é educar.

Explico: hoje em dia estimular a Alice tornou-se uma tarefa fácil e divertida. Em compensação educá-la tem sido um novo e grande desafio. Eu tanto incentivo a little pig que agora ela está a mil, super esperta e só quer saber de aprontar. E que personalidade tem essa bebê… eu pisco e ela está em cima da mesa. Pisco de novo, e ela está desmontando todo o tapete de EVA. Céus!

Antes de ser mãe, eu jurava que tiraria isso de letra, mas quando é com o nosso filho… há! as coisas são diferentes. Tenho medo de ser exigente demais em situações em que o melhor seria não valorizar a birra. Também tenho medo de ser muito tranquila quando na verdade deveria ter sido mais firme. Socorro, cadê o manual de instruções dessa pequena?

Por isso, quando você pensar “Puxa vida, deve ser super difícil ter uma filha com síndrome de Down”, saiba que meu maior desafio de longe é tentar ser uma boa pessoa, que educa e estimula na medida a sua filha, como qualquer outra mãe. 🙂

sapeca

E a coragem de dar bronca numa fofura dessa? :}

8 comentários sobre “Estimular x Educar.

  1. Juliany Silva disse:

    Aaaahh guria, e só piora!!

    Quando eu vejo o Ber subindo em alguma coisa (SEMPRE onde não deve) digo “Bernardo sai daí JÁ” e fico pensando comigo “vai lá, filhão, olha só esse bíceps sendo torneado… apaputaquepariu, hipotonia!”.

    Agora imagina a cabeça deles? Desde que nascem levados ao limite do corpo físico (quem já viu uma aula de estimulação motora sabe o quando eles “suam”), e de repente ter os movimentos limitados por um perigo que eles não vêem?

    O negócio é relaxar e pensar que talvez não estejamos fazendo tudo certo, mas pelo menos temos feito muito mais que necessário e, principalmente, o melhor que podemos 😉

    • Rosane Maria Feier Ricci disse:

      “meu maior desafio de longe é tentar ser uma boa pessoa, que educa e estimula na medida a sua filha, como qualquer outra mãe” é isso Carol, TODOS os pais. errando, acertando, tentam fazer o melhor para que seus filhos se tornem pessoas de bem e felizes ! bem vinda…..

  2. Anna disse:

    Carol, li uma frase em uma revista há algumas semanas e já adotei para a vida. Pena não ter anotado o nome do Santo que comprimiu tanta sabedoria em poucas palavras: “o ideal está nos livros e o melhor está lá em casa”. Minha única defesa é dizer que, errando ou acertando, foi tudo feito por amor, do melhor modo possível.

  3. maedobiel disse:

    Oi Carol!
    Primeiro quero aproveitar essa msg para dizer que as brincadeiras de estimulação que você faz com a Alice nos ajudam e me inspiram muito em ser uma mãe criativa para o Gabriel.
    Acho que essa preocupação em saber dar o limite de forma correta é algo recorrente em todas as mães que são atentas e dedicadas aos seus filhos. Eu me preocupo também com isso apesar do Gabriel ter só 8 meses e ainda não estar “pirulitando” por aí que nem a sua Alice (rsrsrsrs). Este, sem dúvidas, já é e será um grande desafio para mim e tb gostaria que tivesse um manual de como educar o Gabriel (hihihihihi), mas como infelizmente não tem, só me resta agir da forma que acho mais correta, sempre tentando acertar, o que nem sempre será possível! Boa sorte nesta incrível e trabalhosa etapa e um beijo grande nessa sapequinha! 🙂
    Roberta (mãe do Gabriel)

  4. Ellen Lapa disse:

    Eu sempre achei injusto as pessoas torcerem para não terem filhos com síndrome de Down. Sei que não é fácil e exige cuidados especiais, mas pelo menos eles podem brincar, conversar, são extremamente carinhosos, podem ter uma vida quase normal. Penso nas mães que carregam os filhos em cadeiras de rodas quando o ônibus passava perto da Apae da minha cidade. Crianças que não podem fazer nada sozinhas, sempre com o olhar ao longe e que nem ao menos conseguem conversar, veja lá brincar. Vejo casos de doenças como dermatite bolhosa onde a criança sofre o tempo todo e os pais devem sofrer com a mesma violência. Não tenho filhos, e nem penso em tê-los por agora, mas acompanhar seu blog só provou pra mim mesmo que não há nenhum problema em ter um filho com síndrome de Down. Alice é linda, fofa e esperta, e pelos seus posts sei que não é infeliz com a condição dela. Sempre haverá gente com preconceito, nem sempre será um caminho fácil, mas sei que não será penoso e que o amor que dá pra ela é como o que dará para qualquer filho que tiver (ou maior, rs). Parabéns, você é uma profissional excelente e melhor ainda como mãe. 🙂

  5. Cleide Marchi disse:

    E como é difícil educar!! hehehe… Lá em casa eu sou o coração mole e o Renildo sempre mais durão com a Juju.
    Mas que linda ela, Carol!!!!! Uma fofura a Alice!! 🙂

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